Interpretação: O ensaio SARS-CoV-2 foi desenvolvido para detectar anticorpos totais contra a proteína do SARS-CoV-2 de pacientes com sinais e sintomas de infecção que estejam com suspeita de coronavírus (COVID-19) ou em indivíduos que possam ter sido infectados pelo SARS-CoV-2. Define-se a COVID-19 como a doença causada por um novo tipo de coronavírus designada agora síndrome respiratória aguda grave causada pelo coronavírus 2 (SARS-CoV-2, anteriormente designada 2019-nCoV), primeiramente identificada em dezembro de 2019 durante um surto de casos de doenças respiratórias na China. Os sintomas mais comuns da COVID-19 são febre, cansaço, tosse seca e dificuldade para respirar. A taxa de letalidade é reportada em 6.3% globalmente e aumenta com a idade e com comorbidades. O agente causador da COVID-19 é um betacoronavírus que pertence a uma família de vírus que pode causar sintomas respiratórios variando do resfriado comum à pneumonia grave. O sistema imune do hospedeiro reage à infecção pelo SARS-CoV-2 produzindo anticorpos específicos. Anticorpos IgG específicos contra o SARS-CoV-2 são detectáveis em pacientes com COVID-19 durante a fase sintomática da doença depois que o RNA não é mais detectável. A persistência de anticorpos IgG permite a identificação de pessoas que foram infectadas no passado, se recuperaram da doença e possivelmente se tornaram imunes. A detecção de anticorpos IgG e outros testes sorológicos irão desempenhar um papel importante na pesquisa e na vigilância. A sensibilidade deste teste é de 65,5% entre 0 e 6 dias após a confirmação da doença, 88,1% entre 7 e 13 dias e 100% para 14 dias ou mais.